24 de outubro de 2014

Woodstock, (1970)





WOODSTOCK - 3 DIAS DE PAZ, MÚSICA E AMOR - 1970


Faz este fim-de-semana 40 anos que vi pela primeira vez o filme do concerto histórico de "Woodstock": três dias de paz, música e amor, em que cerca de 500.000 pessoas se reuniram no Verão de 69 numa área de 600 acres de terreno (a fazenda de Max Yasgur, na cidade rural de Bethel, Nova Iorque) para, com um único espírito colectivo, ouvirem alguns dos seus heróis predilectos: Joan Baez, Crosby Stills and Nash, Santana, Joe Cocker, The Who, Janis Joplin, Ten Years After, Canned Heat, Jefferson Airplane, Melanie, Country Joe & The Fish, John Sebastian, Jimi Hendrix...


Vale a pena relembrar. Afinal, nenhum outro festival de música teve tanta repercussão e tanta importância como este. Para entender o fenómeno é preciso voltar atrás no tempo. O mundo, e especialmente os Estados Unidos, passava por tempos difíceis de guerra, violência e desilusão. A década de 60, a mais conturbada do século, chegava ao fim, com uma sensação reinante de “e agora ?” no ar. E é nesse clima de final de festa, no último ano da década, que o maior evento de música já realizado encontra terreno fértil para se consolidar.


O festival foi idealizado e levado a cabo por quatro jovens: John Roberts, Joel Rosenman, Artie Kornfeld e Michael Lang. John era o mais velho dos quatro, tinha 26 anos, e era o herdeiro da fortuna de uma farmácia e de uma fábrica de pasta de dentes. Ele e o seu amigo Joel possuiam um capital para investir e colocaram um anúncio no Wall Street Journal e no New York Times: «Jovens com capital ilimitado procuram oportunidades de investimento legítimas e propostas de negócios interessantes e originais.» Lang e Kornfeld tInham as ideias interessantes e originais, mas não tinham o dinheiro. Os dois pensavam fundar uma gravadora independente especializada em rock, localizada numa cidade afastada de Manhattan chamada Woodstock ou em realizar um festival misto de exposições e música ao vivo. Esta última foi a ideia que acabou por vingar.


Woodstock – 3 Dias de Paz, Amor e Música
Vieram de Norte a Sul do Pais. Durante três dias viveram, comeram, dormiram lado a lado para ouvirem a música rock de um geração perdida no tempo - os hippies, uma cultura de gente que apregoava Paz e Amor, no final da «sua» década. O filme "Woodstock", realizado por Michael Wadleigh (com Martin Scorsese como adjunto) e estreado apenas em 1970, apresenta-nos os preparativos para o grande concerto histórico: as torres de som, o palco, helicópteros trazendo músicos, as reacções dos habitantes locais bem como a declaração de Woodstock como concerto grátis quando se concluiu que era impossível controlar aquela multidão habituada a não pagar para ouvir música. "Woodstock" mostra-nos a tempestade que alagou os campos mas que não fez desistir aquelas centenas de milhares de espectadores à espera daquele que foi o maior concerto da história. "Woodstock" é um dos pontos altos da tomada de consciência da geração dos anos sessenta nos EUA e, principalmente do movimento de contestação à Guerra do Vietname que viria a culminar na marcha sobre Washington.


A música começou na tarde de 15 de Agosto, sexta-feira, às 17:07h e continuou até a metade da manhã do dia 18 de Agosto, segunda-feira. O festival fechou a via expressa do Estado de Nova Iorque e criou um dos piores engarrafamentos da nação. Também inspirou um monte de leis locais e estatais para assegurar que nada como aquilo jamais aconteceria novamente. "Woodstock", como poucos eventos históricos, tornou-se uma espécie de herança cultural, para os EUA e para o mundo. Assim como “Watergate” representa a crise nacional americana, “Woodstock” é hoje sinónimo do poder dos jovens e dos excessos dos anos 60. «O que nós tivemos aqui foi algo que ocorre uma vez na vida», diz o historiador Bert Feldman. Dickens disse isto primeiro: «Foi o melhor dos tempos. Foi o pior dos tempos.» É uma mistura que nunca será reproduzida novamente.


O evento tornou-se um verdadeiro ícone da contracultura. A força jovem e a liberdade assustaram os mais velhos e conservadores. Muitos dizem que "Woodstock" foi o fim de toda a ingenuidade e utopia que cercavam os anos 60. Outros dizem que foi o apogeu de todas as mudanças e desenvolvimento na sociedade. Mas todos concordam que o festival foi um marco incontornável na história da música. 

CRÉDITOS DO TEXTO: O Rato Cinéfilo Blog (21/04/2011)   




CARTAZES DO FILME






















Woodstock - 1970

SINOPSE
1969... Martin Luther King e Robert Kennedy são mortos a tiros. A guerra do Vietnã estava apenas começando... Em agosto desse mesmo ano, mais de 500.000 pessoas se reuniram em uma pequena fazenda, nos arredores de Nova York para celebrar, em três dias de muito rock and roll, paz e amor, o maior festival da música do planeta! No ano seguinte, o mundo pôde assistir ao primeiro e único filme sobre esse encontro mágico, grande vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 1994. Agora, o diretor Michael Waldleigh selecionou o que havia de melhor em seu arquivo de imagens inéditas para apresentar uma nova versão desse aclamado sucesso. São cenas nunca antes vistas de alguns dos maiores mitos da música. Woodstock foi o maior evento musical de todos os tempos e suas lembranças ficarão vivas para sempre na memória de várias gerações!




ELENCO E FICHA TÉCNICA 
PARTICIPAÇÃO:
Richie Havens,  Joan Baez,  Joe Cocker,   Arlo Guthrie,  John Sebastian,  Jimi Hendrix, Janis Joplin ,  Roger Daltrey,  John Entwistle,  Jerry Garcia,  Keith Moon,  Graham Nash, Carlos Santana, Stephen Stills,  Pete Townshend,  Sly Stone, Johnny Winter
Produção: Bob Maurice
Dirigido: Michael Wadleigh
Gênero: Musical , Documentário , História
País e Ano: EUA, 1970



Nenhum comentário:

Postar um comentário